Hoje começo um novo assunto que há tempos tenho vontade de escrever: ervas e suas propriedades mágicas. Quando pensamos em ervas no sentido religioso, logo nos lembramos de nossas avós e benzedeiras, que sempre tinham um galhinho de arruda para alguma reza. Eu me lembro de que quando era pequena sempre ia em benzedeiras porque minha mãe me levava, mas não entendia o sentido real daquilo: bater ervas sussurrando palavras.
As ervas sempre foram utilizadas por povos antigos (em sua grande maioria, os pagãos), e seu uso vai muito além de um costume que foi passado de geração em geração por nossas avós. Os povos celtas, por exemplo, tinham o costume de usar ervas para diversos fins (costume que foi depois condenado com a chegada do cristianismo, como bruxaria), e é por isso que muitas religiões neopagãs ainda trabalham com as ervas em rituais, banhos, defumações, etc. As chamadas "bruxas" na época da Inquisição eram apenas mulheres que também possuíam conhecimentos medicinais quanto ao uso das ervas, coisa que era considerada uma heresia porque tirava, de certa forma, o poder da Igreja, já que era inaceitável formas de cura que não viessem diretamente de Deus (como se as ervas pudessem existir sem uma mãozinha divina). Algumas religiões afro-brasileiras, como a Umbanda, também utiliza as ervas em seus ritos. O Xamanismo também é muito famoso por utilizar ervas, muitas vezes como forma de expansão da mente para atingir níveis mais elevados de consciência.