segunda-feira, 9 de julho de 2018

Resenha Mundo Medieval III - O resgate da rainha

Oii gentee

Faz tempo que não dou as caras por aqui né?! Muitas coisas acontecendo e acabei deixando de escrever postagens frequentes, mas vou tentar atualizar sempre que possível.

Hoje vou contar um pouco sobre como foi minha experiência no "Mundo Medieval", evento que ocorre em um castelo (Monte Castelo Eventos, para quem quiser pesquisar) em Mauá. O evento já está em sua terceira edição (fui em todas, cada qual com pontos positivos e negativos - para quem quiser ver a resenha da primeira edição, que escrevi há dois anos, clica aqui), e esse ano a promessa era de que o evento seria menor para atender bem ao público, visto que ano passado eles extrapolaram as vendas e muitas pessoas ficaram horas na fila simplesmente para entrar, o que desagradou MUITA gente. 



Como em todo evento de grande porte, é comum haver falhas. Por isso mesmo, a organização deve pensar com cuidado em cada detalhe, para que a maioria do público fique satisfeita e, consequentemente, vá aos outros eventos. Esse ano o evento ocorreu somente em um castelo, o Avalon.



Mundo Medieval III: evento imersivo, mas nem tanto

Bom, como esse evento é o terceiro que vou, já fui na expectativa para que tivesse as mesmas coisas que me agradaram nos anos anteriores, com consertos nas falhas que todo evento grande está sujeito. Pois bem. Fui SECAAA achando que esse ano seriam vendidos os ótimos caldos iguais aos anos anteriores, mas NÃO. Uma das propostas desse evento é justamente a imersão na Idade Média, tanto que a maioria das pessoas vão à caráter; é um dia para soltar a imaginação e usar as roupas que todos gostariam de usar no dia a dia mas que não conseguem, ou por causa do trabalho, ou porque são caras (um vestido não sai por menos de 200,00 por exemplo), ou porque, cá entre nós, não rola pegar ônibus e metrô com roupas cheias de pano iguais aquelas (mas bem que eu queria hahaah). É para ser uma imersão também gastronômica, mas na real as opções de comida estavam muito longe de ser imersivas: havia apenas três food trucks de lanches e um de doces em geral (como crepes e açaí), além de uma barraquinha com mais algumas opções de sanduíches. Essa barraquinha era a ÚNICA com opção vegetariana, ou seja, havia um único lanche vegetariano no evento todo; a galera não poderia sequer escolher. Quem não comia carne, ou pegava esse lanche ou passava fome.

Fazendo uma comparação, nos anos anteriores a distribuição de comida foi bem farta. Claro que tinha fila, é impossível que não tenha pela quantidade de gente, mas pelo que vi e até pelo que comi, acredito que as opções agradaram todos (e tinha pelo menos três opções vegetarianas também). Nas outras edições eles também ofereceram bois e porcos, inteiros, no rolete, lembrando MESMO um acampamento viking, pelo menos pra mim. Não que eu concorde com bois e porcos no rolete, porque estou tentando parar de comer carne, mas quis citar esse exemplo baseado na proposta do evento, que é a imersão. Acabou fazendo falta, pois muita gente gosta, e a falta dessas opções sobrecarregou os food trucks, que eram poucos pelo tamanho do evento, e caros também. Achei absurdo um lanche simples (com hambúrguer artesanal, maionese industrial e ketchup) custar R$ 25,00. 

Posso dizer que o que mais me desagradou na festa, em disparado, foi a comida. Opções NADA imersivas e uma longa espera para comer. Sério, ficar quase 1h30 esperando um lanche, com preços que considerei abusivos, é demais. Cansei só de ficar de pé na fila. Aliás, fila era o que não faltava, para entrar no castelo, para comer, para beber... a unica coisa que não tinha fila ali era o banheiro (pelo menos isso). Logo na entrada, a pequena desorganização nesse sentido me desagradou. Cheguei por volta das 19:40, de caravana, mas fiquei basicamente 1:20 na fila, esperando para entrar. Achei desnecessário, uma vez que o evento estava previsto para começar 20:30, portanto, o correto era liberar a galera nesse horário, o que não aconteceu. Esperamos quase meia hora a mais do horário previsto de abertura. Já estava cansada.

Entrei e dei algumas voltas no castelo (já estava familiarizada, afinal era meu terceiro evento). No primeiro andar estavam os expositores de hidromel, de artigos medievais e místicos. Achei que tinham poucos expositores; fui no intuito de encontrar alguns específicos, do qual já sou cliente, mas não achei. Mas ok, nada que possa ter me incomodado. Rodei atrás do acampamento Viking e da fogueira, e nada. Fiquei bem decepcionada, na verdade. Estava bem frio (lá é um local com muito verde, e o clima é sempre fresco e gélido nessa época do ano), e uma boa fogueira fez muita falta. Não entendi porque não fizeram esse ano, nas duas edições anteriores teve e a galera parece ter curtido bastante. Havia um espaço, que achei pequeno e mal distribuído, para arquearia, que era paga, e mais abaixo, os combates medievais. Senti falta do acampamento viking, era sempre animado.

Esse ano, para minha surpresa (e alegria) não teve falcoaria. Achei muito bom, visto que não vejo graça nenhuma em ter corujas presas, longe de seu habitat natural, só para ser passadas de braço em braço. É bem nada a ver, não considero entretenimento com animais uma forma de diversão, e sim de crueldade. Podem discordar de mim, mas é minha opinião. Outra coisa que não vi esse ano (mas que sempre foi fraco na verdade) foram os atores encenando a história em que o evento faz parte. Esse ano o evento estava intitulado como "O resgate da rainha", mas não vi sequer a rainha lá... me pareceu bem confuso isso. 

Voltando à comida, depois de um tempo de início do evento, eis que chega outro foodtruck para atender a demanda, mas ainda assim acredito que não era suficiente. Pelo tempo de espera, eu perdi a primeira banda, Eldhríminir. Ok, minha intenção era ver Terra Celta, mas gostaria de ter visto pelo menos algumas musicas da primeira banda. Consegui comer já era quase meia noite.

Outra coisa que não falei aqui é que esse ano o evento foi OPEN BAR de cervejas pilsen e artesanais, água e refrigerantes. A fila para os não alcoólicos estava bem sossegada; porém a de cerveja estava dando voltas e voltas. O Open funcionaria das 22h às 01h. Pelo tempo que levei para pegar o lanche, consegui consumir apenas um copo de cerveja, já que estava sozinha e não tinha ninguém para ficar na fila pra mim. Mas ok, minha intenção não era beber e nem o open bar, mas acredito que isso possa ter virado alvo de críticas para quem foi especialmente para curtir o open.

Depois de alimentada, permaneci dentro do castelo, já que estava bem frio e não havia fogueira ou nada similar para me aquecer. Consegui ver a segunda banda, Tunas, que pelo horário estava atrasada (no evento oficial estava previsto para a primeira banda começar a tocar às 21h, o que não aconteceu), mas isso não foi um impeditivo para as pessoas se jogarem na dança de ritmo irlandês. Gostei da banda, eles sabem animar uma festa!!!

Por volta das 02h da manhã, eis que entra no palco a Terra Celta, banda que dispensa comentários. Sério, se você ainda não conhece, eu recomendo muuuito!!! Eles são maravilhosos, suas músicas muuuito animadas, é um folk ótimo de ouvir e dançar. Fora que o Élcio Oliveira, o vocalista, violinista e uma pá de coisa, tem uma super presença de palco, e isso faz toda diferença. Tanto que quase todo mundo que estava vendo a banda caiu na dança, bateu palma, deu as mãos, se abaixou e levantou quando o Élcio pediu, enfim... a atmosfera estava ótima, justamente porque todo mundo estava participando e dançando. A banda tocou durante 1h40, encerrando às 03h40 da manhã, horário também de término do evento. Saí de lá revigorada. É sempre bom ver um show deles. Vou deixar aqui um clipe da música "Ressaca" para quem ainda não conhece:




Juntando todos os prós e contras do evento, posso dizer que gostei sim. Na verdade, acho que os shows salvaram muito, já que não havia tanta opção de distração e diversão iguais aos anos anteriores. Uma coisa que me desagradou MUITO, MAS MUITO MESMO foi o transporte oferecido pelo evento. A gente pagou cerca de R$ 45,00 mais taxas, para quem não comprou em ponto de venda, para no final os motoristas não conhecerem direito o caminho. Na ida um motorista usou o GPS de um dos passageiros e, na volta, outro motorista sequer sabia onde era o metrô Itaquera (ponto combinado para ida e volta) e nos deixou algumas ruas para trás, nem se preocupando. Achei um absurdo, visto que pagamos um valor para irmos e voltarmos confortáveis e sem preocupação; se não fosse isso era mais fácil cada um ir por conta própria. Sério, espero que melhorem isso.

Os organizadores disseram que esse era o último evento nesse castelo; não sei dizer se não vai mais rolar o Mundo Medieval ou se eles só vão mudar de lugar, mas fica aqui a resenha para quem quiser conhecer mais sobre esses tipos de evento. Como esse é o único evento medieval de grande porte que fui e vou, não tenho como comparar, mas para ano que vem já estou programando minha ida a dois jantares que tenho muita vontade e curiosidade de conhecer: o do grupo de combates medievais Ordo Draconis Belli , que é sempre em Socorro, e o da banda Taberna Folk. Esses, pelas fotos, parecem ser muuuito bons!! Também ocorrem uma vez por ano, então fiquem de olho!!!

Aproveito para deixar aqui mais um vídeo, gravado pela Lariih Mendes, com registros do evento:



É isso. Em breve disponibilizo links com as fotos oficiais aqui. 
E vocês, também foram no Mundo Medieval?! Contem como foi!!!

Até breve :)


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