segunda-feira, 1 de julho de 2019

Solar da Marquesa de Santos

Oi gente! 

Não sei se vocês sabem, mas eu sou apaixonada por museus e lugares antigos. Por conta disso, estou sempre visitando vários desses lugares. E hoje eu vim indicar um museu super legal para conhecer aqui em SP, o Solar da Marquesa de Santos. Como o próprio nome diz, esse museu é dedicado à Domitila de Castro Canto e Mello (a famosa amante de Dom Pedro I), e contém muita coisa legal em seu acervo. 

Fachada do casarão. Foto: Trip Advisor

O Museu

Fundado em 2011, o Solar da Marquesa de Santos atrai turistas de diversas partes do Brasil e do mundo. Localizado no centro de São Paulo, ao lado do Beco do Pinto e do Pátio do Colégio, o museu chama a atenção por sua arquitetura histórica. Embora esteja em um local 'escondido' na Rua Roberto Simonsen (antiga Rua do Carmo), entre o Pátio do Colégio e a Secretaria de Justiça (uma rua que acho bem charmosinha), a mansão atrai muitos turistas. Segundo Tânia Amaral, funcionária e educadora do museu, a média de visitantes varia muito. Por dia, são contabilizados de 150 a 200 pessoas e, no final de semana, de 300 a 400 pessoas: "O público também é bem diversificado. A maioria é brasileira e temos três tipos: os visitantes ocasionais, que vêm ao museu por estarem aqui no centro, as turmas agendadas e os visitantes com guia", diz.

A mansão foi construída na segunda metade do século XVIII, entre 1834 e 1867 e foi adquirida por Domitila depois de seu rompimento com Dom Pedro I. Antes, a mansão pertencia à herdeira do Brigadeiro Joaquim de Moraes Leme. Após a morte da Marquesa, o casarão foi passado para seu filho e depois posto à leilão. Foi vendido e comprado por muitas outras pessoas, até finalmente virar patrimônio histórico e cultural e posteriormente museu. A casa também é a sede do Museu da cidade de São Paulo. Por conta de algumas modificações em sua estrutura, o museu teve que passar por algumas restaurações. O primeiro piso ainda possui as paredes originais, feitas de taipa de pilão e pau-a-pique. Hoje, a casa é conhecida como um exemplar da arquitetura urbana do século XVIII.

O museu nos faz viajar no tempo através de cada cômodo, contando um pouco a história de Domitila e Dom Pedro, incluindo seu caso de amor que foi um verdadeiro escândalo na época. Um pequeno cômodo é dedicado somente à história deles e contém muitas cartas escritas por Dom Pedro I para Domitila. Achei muito legal!! 

Carta de Dom Pedro I para Domitila. Foto: Trip Advisor

O museu conta toda a história do local e de Domitila nos mostrando como era a vida naqueles tempos. Muitos móveis que pertenceram à Marquesa ainda estão lá (muito bem conservados), e dá para ter um gostinho da vida luxuosa da aristocracia da época. Eu tive a impressão de que antigamente tudo era muito grandioso, as roupas, os móveis, talheres, pratos, quadros, etc. 

Os móveis eram todos de madeira marrom escura e me pareceram muito resistentes. Acho que esse costume de móveis antigos era por conta do tamanho das casas na antiga São Paulo. Hoje em dia, com o avanço urbano e o aumento populacional, é quase impossível encontrar móveis grandes (porque jamais vai caber nos apartamentos de 30 m² que são vendidos hoje em dia haahah). Uma das salas da Marquesa contém um piano lindo e algo que me pareceu um divã bem antigo, e em seu quarto está sua cama (que parece bem aconchegante, viu) e uma cadeira que servia de assento sanitário (era a tecnologia da época, muito mais avançada que os penicos!).


Fonte: Acervo ArqDecor SP


Foto: Trip Advisor


Foto: Trip Advisor


Ao lado do Solar da Marquesa está localizado o Beco do Pinto, uma antiga rua que separava a mansão da Casa da Imagem e que servia, na época colonial, como passagem de pessoas e animais, ligando o largo da Sé ao rio Tamanduateí. O complexo de museus abrange, além do Solar da Marquesa e do Beco do Pinto, a Casa da Imagem, antiga Casa nº 01, numeração que recebeu na época de sua construção. 

Visão Panorâmica dos museus e o Beco do Pinto. Foto: Wikipédia

O museu fica localizado na Rua Roberto Simonsen, 136 e é aberto ao público de terça a domingo, com entrada gratuita. Recomendo a visita. Vá com tempo para poder conhecer a história do local e de Domitila. 


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